segunda-feira, 13 de junho de 2011

História da Fisioterapia



Na antigüidade, período compreendido entre 4.000 a.C. e 395 d.C. havia uma forte preocupação com as pessoas que apresentavam as chamadas "diferenças incomodas"; este termo era então utilizado para abranger o que na época era considerado de "doença". Havia uma preocupação em eliminar essas "diferenças incomodas" através de recursos, técnicas, instrumentos e procedimentos. Os agentes físicos já eram utilizados para reduzir essas "diferenças".
No ano de 2698 a.C. o imperador chinês Hoong-Ti criou um tipo de ginástica curativa que continha exercícios respiratórios e exercícios para evitar a obstrução de órgãos.
No Ocidente, os povos mais antigos praticavam tratamentos de banho de sol (helioterapia), de águas térmicas (hidroterapia), de massagens (massoterapia), de eletricidade (peixe elétrico: eletroterapia) e de exercícios (cinesioterapia). 

Na medicina Trácia e Grega a terapia pelo movimento constituía uma parte do tratamento médico. Galeno (130 a 199 d.C.) conseguiu através de uma ginástica planificada do tronco e dos pulmões corrigir o tórax deformado de um rapaz até chegar as condições normais. O que se pretendia era basicamente curar os indivíduos que fossem portadores de alguma doença ou deformidade.

Na idade média às "diferenças incomodas" eram consideradas como algo a ser exorcizado. Foi um período onde ocorreu uma interrupção dos estudos na área da saúde.
A interrupção desses estudos parece ter tido dois aspectos principais: o corpo humano foi considerado como algo inferior e as camadas superiores da nobreza e do clero começaram a despertar o interesse por uma atividade física dirigida para um objetivo determinado que era o aumento da potência física. 

No Renascimento volta a aparecer alguma preocupação com o corpo saudável. O humanismo e as artes desenvolveram-se e permitiram, paralelamente a retomada dos estudos relativos aos cuidados com o corpo e o culto ao "físico". Mercurialis apresentou princípios definidos para a ginástica médica que compreendiam:

*  exercícios para conservar um estado saudável já existente;
*  regularidade no exercício;
*  exercícios para indivíduos enfermos cujo estado pode exacerbar-se;
*  exercícios individuais especiais para convalescentes;
exercícios para pessoas com ocupações sedentárias. 

Nessa época nota-se uma preocupação com o tratamento e os cuidados com o organismo lesado e também com a manutenção das condições normais já existentes em organismos sãos. No final do renascimento o interesse pela saúde corporal começa a especializar-se.

Durante a guerra surgem as escolas de cinesioterapia, para tratar ou reabilitar os lesados, ou mutilados que necessitavam readquirir um mínimo de condições para retornar a uma atividade social integrada e produtiva.
A fisioterapia passa a fazer parte da chamada "Área da saúde" e foi evoluindo no decorrer da história, teve seus recursos e formas de atuação quase que voltada exclusivamente para o atendimento do indivíduo doente, para reabilitar ou recuperar as boas condições que o organismo perdeu.

A fisioterapia surge na Inglaterra no final do século XIX. Depois da II guerra mundial, a Fisioterapia se utiliza muito no cuidado dos pacientes. Entre as razões do grande aumento da demanda dos serviços de fisioterapia, estavam os excelentes resultados obtidos no tratamento dos feridos de guerra, durante a II guerra mundial e as guerras do Vietnam e Coréa.

No Brasil, existiu o serviço de hidroterapia e o serviço de eletricidade médica, utilizando os recursos físicos na assistência à saúde. Iniciou-se por volta de 1879-1883, na época da industrialização, devido ao grande número de acidentados do trabalho, e seus objetivos eram voltados para a assistência curativa e reabilitadora.

Em 1929 o médico Dr. Waldo Rolim de Moraes, instalou o serviço de fisioterapia do Instituto Radium Arnaldo Vieira para atender aos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Posteriormente organizou o serviço de fisioterapia do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Na década de 50 a incidência de poliomielite atingia índices alarmantes e como conseqüência o número de indivíduos portadores de seqüelas motoras e que necessitavam de uma reabilitação para a sociedade. O número de pessoas acometidas pelos acidentes de trabalho no Brasil se apresentava como um dos maiores da América do Sul, e essa expressiva faixa populacional precisava ser reabilitada para reintegrar o sistema produtivo do país.

Em 195l surge no Brasil o primeiro curso patrocinado pelo Centro de Estudos “Raphael de Barros”, para a formação de técnicos em fisioterapia. Em 1956 surgiu o primeiro curso com duração de dois anos para formar fisioterapeutas que atuassem na reabilitação.

Em 1959, o Prof. Godoy Moreira, da Faculdade de Medicina da USP, fundou o Instituto Nacional de Reabilitação.

Em 1959, os fisioterapeutas fundaram Associação Brasileira de Fisioterapia (ABF) e três anos mais tarde a entidade filiava-se a Wold Confederation for Physical Therapy.


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